sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tireoide: de olho nos sintomas!

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A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão. Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).


Hipotireoidismo: tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo, o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.

Hipertireoidismo: o corpo começa a funcionar rápido demais, o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres. O diagnóstico não é complicado e o tratamento evita maiores complicações.

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malígnos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.


Apesar de pouco comum, é preciso estar atento ao câncer de tireoide. Diagnosticado a partir de um tumor maligno de crescimento dentro da glândula da tireoide, possui excelentes perspectivas de tratamento. Assim como o câncer de mama, atinge na sua maioria mulheres acima de 35 anos. Porém, atinge também homens e mulheres entre 25 e 65 anos, principalmente, sendo três vezes mais frequente em mulheres.

Geralmente, o câncer de tireoide é descoberto pelo próprio paciente através do autoexame, que pode ser realizado a qualquer hora do dia, em qualquer lugar. Desse modo, no caso de encontrar alguma alteração (uma protuberância ou nódulo) na base do pescoço, é importante que consulte imediatamente um endocrinologista. Concluído o exame físico, pelo autoexame e pelo exame realizado pelo médico, ele solicitará novos exames para um diagnóstico conclusivo.

Algumas vezes, o câncer de tireoide pode reaparecer, após seu tratamento, ou se espalhar por outras partes do corpo. Por este motivo, os médicos recomendam um acompanhamento por meio de exames periódicos.

Algumas evidências científicas mostram que a exposição à radioatividade (a irradiação) externa, na cabeça ou no pescoço, pode provocar o câncer de tireoide. Pessoas expostas à radiação (terapias com Raios-X) entre as décadas de 20 e 60 (para o tratamento de acnes, amigdalite ou adenoides, por exemplo) têm maior risco de desenvolver o carcinoma de tireoide.
  
A incidência da doença aumentou 10% na última década, mas o número de mortes relacionadas ao carcinoma tireoideano diminuiu. Cerca de 85% dos pacientes com doença diagnosticada e tratada em estágio inicial se mantém vivos e ativos. De 65 a 80% destes cânceres são diagnosticados como câncer de tireoide papilar; 10 a 15%, como folicular; 5 a 10%, como medular e 3 a 5%, como anaplásico. Muitos médicos acreditam que os exames realizados dos primeiros 5 a 10 anos após a cirurgia de extração do tumor na tireoide são críticos.


Tipos de Câncer de Tireoide

Carcinoma papilifero – é o tipo mais comum. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, porém predomina entre os 30 e 50 anos. Devido à longa expectativa de vida, estima-se que uma entre mil pessoas tem ou teve este tipo de câncer. A taxa de cura é muito alta, chegando a se aproximar de 100%.

Carcinoma folicular – Tende a ocorrer em pacientes com mais de 40 anos. É considerado mais agressivo do que o papilifero. Em dois terços dos casos, não tem tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o Hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.

Carcinoma medular – Afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. Esse tipo de câncer costuma se apresentar de moderadamente a muito agressivo, sendo de difícil tratamento.

Carcinoma anaplásico ou inmedular – É muito raro. Porém é o tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil, sendo responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireoide.

Autoexame da Tireoide

Os nódulos tireoidianos são caroços que aparecem na glândula, mais comumente nas mulheres e mais frequentemente com o envelhecimento. Eles podem ser únicos ou múltiplos, de tamanhos variados, e estão presentes em 5% a 10% da população adulta. Além da estética, os nódulos podem causar incômodo no pescoço, dificuldade para engolir e até desconforto respiratório, dependendo do seu tamanho. Eles podem ser detectados apalpando a região do pescoço. Embora fácil de ser diagnosticado, ele deve ser confirmado pelo médico endocrinologista através de exame clínico e complementar.

Para realizar o autoexame, é necessário apenas um espelho com cabo e um copo d'água.

1. Segure o espelho procurando em seu pescoço a região abaixo do pomo de Adão (gogó). Sua tireoide está localizada nesta área.

2. Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização.

3. Beba um gole d'água.

4. Ao engolir, observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes, se necessário.

5. Observe se existe algum nódulo ou saliência. Ao notar alguma alteração, procure um endocrinologista para obter orientações.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o tamanho do nódulo e se ele está produzindo muito hormônio, ou não. Quando indicada pelo endocrinologista, é feita uma pequena retirada de células do nódulo, através de uma punção. Tal medida ajuda os médicos a orientar seus pacientes sobre o tratamento correto.




Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

1 comentários:

  • 25 de outubro de 2012 às 19:21
    Unknown says:

    depois que eu ganhei o bebe nao me tratei mas queria fazer cerugia o que eu faco???

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